1. Introdução
à Análise do Discurso com ênfase na memória discursiva
Maria Neuma
Mascarenhas Paes (UNEB/campus II)
A Análise de Discurso, como o próprio
nome indica, ocupa-se do discurso. Por se tratar de uma área do conhecimento
cientificamente constituída, a compreensão desse objeto de análise requer um
rigor teórico, do qual devemos nos valer para chegarmos aos processos
discursivos. Ao admitir a interferência da exterioridade nos estudos da
linguagem, a Análise de Discurso promove um deslocamento nos estudos
linguísticos, ou seja, a compreensão da linguagem deixa de ser centrada na
língua, enquanto sistema de signos, e passa a considerar os processos de
significação, o discurso. No entanto é preciso considerar que a exterioridade
não é algo que se situa fora do discurso, a interioridade e a exterioridade
trabalham juntas na constituição dos processos discursivos. A linguagem
enquanto discurso é interação social, é reprodução das relações de produção, ou
seja, as condições sócio-históricas de um texto, que se encontram na
exterioridade do sistema linguístico, atuam como memória discursiva na
constituição da significação. No processo de constituição de
sentidos, a memória discursiva seleciona os enunciados que podem e devem se
inscrever em uma determinada formação discursiva. Para a Análise de
discurso, os dizeres, quando emergem em um determinado momento histórico, são
considerados um acontecimento, que traz em si uma memória discursiva e
uma atualidade.
2. Revisitando
Marx e Weber: Reflexões sobre as perspectivas teórico-metodológicas na obra de
Karl Marx e Max Weber em relação a produção do conhecimento Histórico Social.
Alex de
J.Oliveira (UFRB) e José Alberto Nascimento de Jesus (UNEB)
A produção teorico-metodologica de Marx
e Weber é tão extensa que não se pode da conta em pouco tempo destinado a
discussão de suas teorias, devido a extensão em complexidade que possuem seus
postulados. Neste sentido, a intenção de propor um momento para reflexão em
relação a obra de Karl Marx e Max Weber é verificar os pontos cruciais de suas
teorias de modo comparativo tentando verificar as aproximações e distaciamentos
nos seus postulados teoricos. Não obstante, acreditmos que é necessario fazer
um balaço do impacto de suas teorias em relação a produção do conhecimento
historico-social.
3. A
Comuna de Paris: cena histórica e processo de emancipação.
Milton Pinheiro (UNEB/PUC-SP)
No ano de 2011 se realizou em várias
partes do mundo, dentro do ambiente acadêmico, um conjunto representativo de
eventos que tinha como elemento central debater a historiógrafia e a
interpretação política sobre a Comuna de Paris. Isso em virtude da passagem dos
140 anos dessa efeméride.Tendo em vista essa questão,O objetivo deste
mini-curso é fazer uma discussão sobre as questões históricas que contribuiram
para o processo da revolução e os aportes desse acontecimento, que estão
centrados no debate e na leitura da cena histórica (antecedentes e o contexto
do levante) e das formas apresentadas da cena da revolução que nos permitam
entender a questão da transição, do Estado e da emancipação humana.
4. Fotografia:
algumas perspectivas metodológicas INSCRIÇÕES ENCERRADAS
Marilécia
Oliveira Santos (UNEB/campus II)
Embora a
discussão a respeito da ampliação do campo documental na pesquisa história não
seja nova para os historiadores, são muitos os que ainda continuam utilizando a
fonte imagética como secundária frente à primazia da fonte escrita. Tal
procedimento pode ser atribuído, em parte, à tradição escrita. Contudo, é
preciso considerar que o uso da fonte imagética como adicional deriva também do
receio que se tem de abordar uma documentação diferenciada em virtude do pouco
preparo para um trato metodológico adequado a esses documentos. O desafio que
se coloca para os pesquisadores que lidam com esta documentação consiste em
ultrapassar o âmbito do descritivo e perceber que a imagem elaborada coloca-se
como uma escolha realizada num conjunto de escolhas possíveis. É preciso
observar que as imagens possuem uma estrutura complexa e, como o texto escrito,
também são produtos de diversas transformações discursivas. São portadoras de
discursos que precisam ser decodificados para uma melhor compreensão dos seus
usos e sentidos. É nessa perspectiva que propomos um minicurso que discute
algumas formas de análises das fotografias objetivando ampliar a base
documental para o exercício da pesquisa histórica. O propósito é despertar o
interesse para as fotografias procurando conhecer alguns aspectos que permitam
uma análise iconológica e iconográfica das mesmas.
5. Documentos
em suporte papel: condições de guarda e pesquisa
Ligia Conceição
Santana (UNEB)
ligia_santana@hotmail.com
A
preservação documental se constitui hoje como grande foco de preocupação para
pesquisadores, arquivistas e demais profissionais que a utilizam na sua prática
profissional cotidiana. Para os profissionais da área de história esta
preocupação tem se tornado crescente uma vez que parte desta imensa massa
documental acumulada pode ser utilizada como fonte de pesquisa para diversos
trabalhos acadêmicos. Pensar e atuar para sua preservação é também contribuir
para manutenção e disponibilização da informação por um tempo mais prolongado.
Periódicos, carta, atas, manuais diversos, fotografias, registro de imóveis são
alguns dos tipos documentais disponíveis para consulta que se encontram
dispersos nas administrações públicas e privadas, nas escolas, sindicatos,
cartórios, nas casas das pessoas. Sem a implantação da gestão documental e das
medidas de preservação documental todo este manancial de informações pode se
prender de modo mais acelerado em função da própria ação do tempo e das
péssimas condições de acondicionamento. Esta proposta de minicurso pretende
apresentar as etapas principais etapas do processo de higienização e
acondicionamento de documentos em suporte papel, suas especificidades,
equipamentos utilizados. Pretendemos também apresentar dois modelos de
elaboração de instrumento de pesquisa e apresentar o plano de gestão mínimo
usado no Cedoc Uneb/Campus XIII e que pode ser usado em outros acervos. O
objetivo principal é buscar contribuir para a conservação de documentos
impressos e/ou manuscritos em suporte papel.
6. Formação
de Educadores/as para as Relações Étnico-Raciais e a História e Cultura Africana
e Afro-Brasileira: Dilemas e Perspectivas INSCRIÇÕES ENCERRADAS
Maria Anória J.
Oliveira (UNEB/ campus II) e Antônio
Cosme Lima da Silva (UNEB)
Partindo do
princípio de que há muito a fazer até implementarmos a LDB 9.394/96 a
contento, sobretudo após a sanção das
Leis 10.639/03 e 11.645/08, por meio das quais tornou-se obrigatório o ensino
da história e cultura africana, afro-brasileira e indígena na Educação Básica,
abordaremos as complexas relações étnico-raciais no Brasil, com o enfoque para
o segmento étnico-racial negro, prioritariamente. Afinal, sabemos, urge a
necessidade de investirmos na formação continuada dos/as profissionais, de modo
a possibilitar que os/as mesmos/as tenham mais condições de abordar tal tema no
espaço escolar. Para tanto, nos nortearemos em subsídios teóricos e
metodológicos oriundos do campo das Ciências Sociais e Humanas. Nosso propósito
é contribuir para a qualificação docente, trazendo à tona problemáticas
referentes às situações de discriminação racial no âmbito escolar procurando,
também, apontar possíveis perspectivas. Nesse intuito, tomaremos como
referencia a contribuição dos estudos de Kabenguele Munanga (2000), Carlos
Moore (2008), Ana Célia da Silva (1995; 2011), Nilma Lino Gomes (1995), Eliane
Cavaleiro (2000), entre outros/as. Por fim, apresentaremos suportes didáticos e teóricos capazes de
ampliar as atividades junto aos discentes. O presente curso voltar-se-á a educadores/as
e estudantes da área de Educação, Letras, História e áreas afins.
Palavras chave:
educação antirracista, formação docente, Lei 10.639/03.
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