Oficinas


1.  Mulheres populares rebeldes: uma história da trajetória da subversão feminina na sociedade contemporânea mundial e sertaneja nos séculos XIX e XX.
Lívia Gozzer (UEFS)

Esta oficina tem por objetivo geral delinear os percursos trilhados pelas mulheres populares rebeldes nas sociedades contemporâneas mundiais e sertanejas, analisando os motivos que as levaram a transgredir as imposições de um histórico império machista regido pela lógica da dominação masculina (BOURDIEU, 1998). As personagens objetos desta oficina mostraram-se, em muitos momentos, intolerantes às determinações biologizantes e naturalizantes que buscavam aprisionar o comportamento feminino a determinados estereótipos como a maternidade, a permanência no âmbito privado, o casamento, subordinação ao homem, etc.; e no alvorecer do século XIX, a nível europeu e norte-americano, e no século XX no sertão feirense, estas mulheres populares lançaram-se como protagonistas de uma história social atuando enquanto agressoras, operárias, chefes de famílias, administradoras das finanças quinzenais, assassinas, dentre outros papéis. Cabe a nós, professoras (es) e estudantes, herdeiras (os) desta conjuntura, questionar os posicionamentos transgressores destas mulheres bem como suas ânsias, dando visibilidade a estes sujeitos que, durante tanto tempo, permaneceram invisíveis na historiografia mundial e local.

2. Experiências da roda e da vertigem: Historiografia da Capoeira e o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira
Daniel dos Santos (UNEB/campus V)

Aborda o microcosmo da capoeira no ensino de história e cultura africana e afro-brasileira no ensino fundamental e médio; Discute a produção contemporânea da historiografia baiana e brasileira sobre a capoeira; Reflete sobre materiais pedagógicos disponíveis, relacionados à história da capoeira, para a utilização da/do professora/professor em sala de aula; Apresenta metodologias, técnicas de ensino de História e avaliações, a partir da epistemologia popular e acadêmica sobre a capoeira.

3. História das Guerras: Ideologia, Discurso e Contra-hegemonia
Erine Estevam de Santana (UNEB/campus II); Marguerita Tainan (UNEB/campus II e Ricardo da Mata (UNEB/campus II)

A oficina parte do projeto de minicurso do componente curricular Estágio Supervisionado IV, executado entre os períodos de novembro e dezembro em 2011, ocorrido no Curso Básico Vida e que teve como público alvo estudantes , a partir do ensino médio. O minicurso foi elaborado por Erine Estevam, Marguerita Tainan e Ricardo da Mata, que para essa oficina propõem analisar os discursos proferidos durante as guerras contemporâneas, tendo como ponto de partida a Guerra Fria. Nesse sentido, utilizaremos como referencial para as discussões o filme Rambo III e música Campo de Batalha de Edson Gomes, a partir de uma proposta contra-hegemônica que visa desmistificar os discursos e ideologias das classes dominantes e de representantes da sociedade civil. Tem como metodologia debates com a participação dos estudantes sobre filme e música selecionada, pois como afirma Selva Fonseca (2003) a utilização desses recursos contribuem para o aprendizado do aluno. Assim, este trabalho instiga a analisar os discursos e ideologias apresentadas em filmes e músicas no decorrer da guerra.

4. Inglês “pra que “?
Cátia Janaína (UNEB - campus II) e Maria Aparecida (UNEB - campus II)

Esta oficina tem com a finalidade, apresentar o Inglês tanto para tradução quanto para adquirir outro idioma através de músicas usando técnicas de Skinner e skanning já conhecida, no entanto não utilizada com os estudantes e como esta mesma língua já está inclusa no nosso cotidiano. Essas técnicas usam como principal forma de ensino a as palavras que foram inclusas com o processo de globalização, os benefícios que ela mesma trouxe e também a facilidade que o acesso as tecnologias de informação a internet pode proporcionar com o aprendizado do Inglês. Com essa oficina é possível uma breve forma de entendimento e tradução de músicas, artigos ou o acesso a Sites de pesquisas em Inglês. Com a utilização músicas que nacionais que sofrem o processo de americanização Inglesa conhecidas pela grande maioria que tem o habito de ouvir músicas, musicais internacionais que já estão no cotidiano dos jovens e artistas que falam a língua e que fizeram histórias mundiais. 

5. Estudo dos fatos históricos que levaram as mudanças das características de moedas no período de 1872 a 1987.
Alan Luiz de Lima Pereira (UNEB/campusII)

A presente oficina trata do estudo de determinadas moedas que circularam em território Nacional no período de 1872 a 1987. Configuram-se no estudo de fatores históricos que levaram as mudanças do tipo e das características de algumas moedas, tais como: sua influência no comércio da época, a criação de novas moedas brasileiras, as políticas econômicas que influenciaram para tal acontecimento, os instrumentos monetários e históricos que determinaram as mudanças do valor da moeda ou a criação de uma nova. Serão exibidos aspectos envolvendo o período da criação da moeda e sua representação como contribuição para estudos de períodos históricos. Ocorrerá a exposição de moedas para que em grupo e com o auxílio de textos seja discutida sua iconografia. Com as reflexões advindas do processo de construção da oficina e as imagens exibidas será realizada a dinâmica “Palavra Chave”.

6. Os ventos sonoros da liberdade negra: música, contra-discurso e História.
Paloma Santana Pereira

A oficina pretende apresentar a produção estético-musical negra baiana, entre 1972-1979, enquanto linguagem para a afirmação de identidades negras políticas.

7. "As piriguetes chegaram!" Representações femininas no pagode baiano
Ana Paulo Figueiredo (UNEB/campus II); Débora Reis (UNEB/campus II) e Iracélli Alves (UNEB/campus II)

Diante do boom do pagode baiano, que atinge um público cada vez mais diverso, torna-se necessário refletir sobre as questões relativas as conquistas femininas, principalmente as que dizem respeito a liberdade sexual. Nesse sentido, a presente oficina objetiva discutir algumas das representações femininas construídas no pagode baiano, a partir da década de 1990.

8. A Dança do Ventre e sua História
Gilmara Cruz de Araujo (UNEB/campus II)
A Dança do Ventre em oposição à imagem vulgar que por vezes lhe é/foi atribuída, é uma arte voltada ao Sagrado Feminino. A Dança do oriente, (Raks El Sharq), conhecida por Dança do Ventre no Brasil, segundo alguns antropólogos, nasceu no Egito - foram encontrados em alguns papiros egípcios e artefatos de terrocata, imagens femininas movimentando o quadril - e era um ritual da fertilidade, cultuando a Deusa mãe Ísis. Embora esta tivesse outros nomes a depender da localidade, representava a divina força da fertilidade e da criação e tinha por base o princípio feminino que está presente em todos os seres independente do sexo. Esta arte foi banalizada e espalhada pelo mundo inteiro após a invasão árabe, eles se apossaram das dançarinas e as usaram para apresentações em público e para o sexo. Esta oficina tem então como objetivo resgatar o real sentido da Dança do Ventre, promover a compreensão do processo histórico da Dança do Ventre, compreendendo sua importância na cultura oriental e como esta chegou ao Brasil. Adentrando nos seus conhecimentos específicos tais quais os rituais de fertilidade, os cultos a Deusa mãe além de aprender algumas técnicas básicas.

9. História Ambiental e História Regional e Local: possibilidades no Ensino de História
Vinicius Santos da Silva (UFBA/UEFS); Heber José Fernandes de Oliveira (UNEB/campus V)

O ensino de história passa por reformulações em seus aspectos didáticos, no âmbito destas transformações surgem novos temas e abordagens que auxiliam os estudantes no conhecimento da produção histórica. A História Ambiental e a História Regional e Local constituem-se como novos campos de estudos históricos e que propõe novas epistemologias para a relação ensino-aprendizagem em prol do conhecimento da produção histórica. Esta oficina, que tem como público alvo os estudantes do ensino médio e utilizará como recursos didáticos data show, piloto, quadro branco e parelho de áudio, tem por objetivo promover a construção do conhecimento da produção histórica por meio dos constructos teóricos epistemológicos da História Ambiental e da História Regional e Local. Metodologicamente a oficina terá dois momentos, sendo um teórico e outro prático. No teórico serão levantadas as concepções, perspectivas e possibilidades em termos de pesquisa e como campo do conhecimento histórico da História Ambiental e da História Regional e Local. No prático haverá apresentação de algumas fontes históricas da pesquisa em História Ambiental e em História Regional e Local a fim de demonstrar a diversidades de documentos que podem ser utilizados na construção da produção histórica. Logo, a partir desta fundamentação e apresentação das fontes, a proposta pedagógica da oficina realizará a divisão em grupos e solicitará aos participantes dos respectivos grupos respostas a partir dos questionamentos levantados em um quadro teórico proposto. Este quadro teórico pautado na estrutura de elementos como a identificação da fonte histórica, explicação do contexto da fonte, comentário sobre a fonte e levantamento de questões para discussão entre os grupos, tentará estabelecer uma relação entre fonte histórica e os participantes. Espera-se que ao final os participantes possam interpretar e compreender como ocorrem os processos históricos, enfim, excitar uma reflexão sobre o conhecimento histórico a partir da multiplicidade de temas e das diferentes abordagens que podem ser elaboradas por meio da utilização das fontes históricas.

10. Cantorias da História
Emili Brito Pinheiro; Indira Vasconcelos dos Santos e Nana Luanda Martins Alves

As músicas são uma fonte importante para compreender a história do Brasil. A cultura está intimamente relacionada com a política, economia e as questões sociais do nosso país. Não há como pensar relações indissociadas entre estes elementos formadores da sociedade. Além de tocar as pessoas, a música é uma fonte histórica inesgotável. Nas composições encontram-se os registros dos acontecimentos, movimentos políticos, economia, comportamento, ideologias e percepções do mundo. Esta oficina busca novas alternativas para ensinar História aos estudantes do Ensino Médio e será baseada na influência do HIP HOP no processo histórico. A nossa preocupação é demonstrar os aspectos técnicos que envolvem a música e as influências deste elemento histórico na formação da consciência do sujeito.  A música possui dois elementos estruturais: a letra e a melodia, que é a música propriamente dita, e que não podem ser descartados ao analisar uma canção. Além disso, é fundamental perceber, para compreender profundamente a construção das canções, os elementos ideológicos de compositores e intérpretes, levando em consideração suas origens sociais, as relações com as instituições promotoras de cultural, com a indústria fonográfica e com o público receptor dessa produção musical. Demonstrando que a música é além de parte do cotidiano destes alunos, uma ferramenta de contestação e elaboração de visões de mundo. Durante a oficina proporemos aos alunos que escrevam letras de música que serão apresentadas à turma ao final das atividades, além de apresentar a eles artistas da cidade que promovem este segmento musical na cidade.

11. A Mímica Corporal Dramática e o Anarquismo
Bruna Meyer Pereira

Esta oficina tem como objetivo apresentar a Mímica Corporal Dramática como um veículo condutor das ideias anarquistas na França no século XX (por volta de 1920). Em uma época onde não havia democracia e a voz minoritária era perseguida, a Mímica Corporal Dramática foi um meio de linguagem criada pelo anarquista Etienne Decroux. Devido à influência dessas reflexões político idealistas, associava suas ideias anarquistas à expressão corporal teatral, cuja originalidade marcou as artes cênicas em todo mundo: marcou uma geração de artistas que, tendo a fala suprimida pela imposição política e ideológica, demonstrava as opiniões através da arte, e o mais instigante: sem precisar utilizar tanto o discurso como no teatro convencional; este por sua vez, dará espaço ao corpo como principal veículo de expressão.
Frequentador de grupos libertários multiculturais, Decroux em 1923 foi tentado por uma proposta do jornal L’humanité (jornal comunista francês), para formação de atores figurantes. Ao aceitar a proposta, Decroux faz o curso e então se descobre sonhador do “físico e filosófico corporal” como o material que remexe com as ideias desenvolvidas com o mexer do corpo. Esse mover de ideias Decroux vai chamar de Mímica Corporal Dramática.
A proposta da oficina é, em primeiro momento, discussão e debate sobre o tema com base num texto referente ao mesmo, e em seguida realizar uma dinâmica de preparação do corpo do ator, utilizando as técnicas de Etiene Decroux.

12. A Ditadura pelas lentes do cinema
Geiza Brunelle Almeida Santos

Originalmente apresentada como mini-curso pelos discentes Adriana Oliveira dos Santos, Cleidson Nascimento e Geiza Brunelle Almeida, enquanto requisito parcial no Estágio IV.
Utilizando a linguagem cinematográfica como facilitadora, a oficina pretende analisar a questão das torturas e da repressão ocorridas no Brasil durante o regime militar. Apontando de modo superficial na discussão acerca da História, Memória e Ditadura Militar, além de relacionar o uso do Cinema e sala de aula. Enquanto a análise do filme será pontuada as dissonâncias entre ficção e realidade analisando as várias faces da tortura e seus efeitos nos torturados. Contribuindo na reflexão acerca da importância do cinema enquanto fonte histórica e recurso didático. Tendo como culminância uma atividade em grupo.




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