NORMAS GERAIS PARA PROPOSIÇÃO DE COMUNICAÇÕES AOS SIMPÓSIOS TEMÁTICOS
ATENÇÃO: o prazo para o envio do trabalho completo foi prorrogado para o dia 20/05/2012.
1. O proponente deverá ser, no mínimo, graduando;
2. Os resumos a serem avaliados pelos coordenadores dos Simpósios Temáticos deverão conter entre 150 e 300 palavras e poderão ser remetidos até o dia 30.04.2012.
3. Os proponentes que tiverem os seus resumos aprovados terão até o dia 20.05.2012, para enviar os textos completos das comunicações, com arquivo no formato pdf, por meio eletrônico;
4. O texto completo deverá ter um mínimo de seis e um máximo de dez páginas, utilizando-se as normas da Revista Brasileira de História (RBH) segundo critério informado abaixo:
- Fonte Times New Roman 12, com espaço 1,5. As citações de mais de três linhas deverão ser feitas em destaque, com fonte 11, em espaço simples. Margens: superior e inferior: 2.0 cm; esquerda e direita: 3.0 cm;
- As notas devem ser colocadas no final do texto no seguinte formato:
SOBRENOME, Nome. Título do livro em itálico: subtítulo. Tradução. Edição. Cidade: Editora, ano, p. ou pp.
SOBRENOME, Nome. Título do capítulo ou parte do livro. In: Título do livro em itálico. Tradução. Edição. Cidade: Editora, ano, p. x-y.
SOBRENOME, Nome. Título do artigo. Título do periódico em itálico. Cidade: Editora, vol., fascículo, p. x-y, ano.
ATENÇÃO! Só é permitido propor trabalho em um simpósio temático.
SIMPÓSIOS TEMÁTICOS
Profa. Dra. Maria de Fatima A. Di Gregorio (UNEB/Campus V e UESB)
f_digregorio@hotmail.com
Este grupo tem como objetivo analisar as memórias do trabalho feminino, levando em consideração aspectos relacionados ao cotidiano de suas vidas, as formas de organização e labuta. A hipótese fundante da pesquisa é elaborada a partir de histórias que consistem em pensar espaços femininos, suas diversas práticas, formações sociais que produzem desigualdades ligadas às formas mais rudimentares de produção. O novo e o velho se articulam entre si através de memórias que, reconstituídas, contam as histórias dessas mulheres que no mundo do trabalho marcado pelo machismo e pela discriminação, lutam, resistem, se organizam, construindo suas identidades.
2. Cidades: política, memória e modernização
Prof. Ms. Carlos Nássaro Araújo da Paixão (IF Baiano/Campus Guanambi)
Prof. Mestre Moisés Leal Morais (Rede Estadual de Ensino/SEC-BA)
As cidades têm sido objeto de reflexão das mais variadas áreas do conhecimento. Isso tem gerado a construção de uma multiplicidade de imagens e leituras acerca do fenômeno urbano e das tensões e disputas que se desenvolvem tendo-o como cenário. Pensando nessas questões, este Simpósio Temático propõe-se a acolher produções acadêmicas, de história e áreas afins, que abordem as tensões que envolvem o domínio da política, através dos seus múltiplos atores e organizações, isto é, eleições, partidos políticos, imprensa, instituições. Lança um olhar sobre as complexas relações entre poder público e o conjunto da sociedade, bem como as disputas por espaços de poder nos vários ambientes e agrupamentos (partidos políticos, sindicatos, associações e movimentos sociais). Pensa a memória, os usos e abusos que os diversos grupos sociais fazem dela no processo de construção de determinada imagem sobre o passado, tomando como objetos a escrita, a arquitetura, a oralidade, produzidos pelos diversos grupos étnicos, sociais e de gênero, que buscam legitimar-se enquanto lugar de memória. Procura entender os processos de modernização, através dos seus discursos e práticas que indicam as suas vontades e impasses, no bojo das transformações no cenário urbano, elencando elementos transformados em símbolos de progresso na ambiência da cidade. Com isso, a ideia é propiciar uma oportunidade para a discussão entre pesquisadores que elegem a cidade em que se cruzam questões vinculadas a política, a memória e a modernização.
3. História e literatura: representações da história da Bahia
Prof. Ms. Carlos Alberto Machado Noronha (Rede Estadual de Ensino/SEC-BA)
O diálogo estabelecido entre a História e a Literatura tem sido recorrente na produção historiográfica contemporânea e tem gerado muitas discussões sobre a escrita do historiador bem como proposto revisões de temas muito debatidos entre os profissionais da área. Nesse sentido, o presente simpósio objetiva reunir pesquisadores que procuram discutir temas da História da Bahia a partir de fontes literárias, sendo que o enfoque dos problemas propostos estejam relacionados com representações históricas produzidas por romancistas, memorialistas, apropriação do discurso histórico pelo discurso ficcional e suas implicações para a produção historiográfica.
4. Histórias da África: conceitos, representações e interdisciplinaridade
Prof. Dr. Ivaldo Marciano de França Lima (UNEB/Campus II)
Prof. Dr. Detoubab Ndiaye (UNEB/Campus II)
A África foi o cenário de diferentes povos, reinos e guerras, grandiosos líderes e inúmeras invenções. Dotada de ampla diversidade sócio-cultural, que se reflete na grande quantidade de línguas, religiões, práticas, costumes, concepções míticas e filosóficas. Nesse caso, é um lugar por excelência da diferença. É praticamente impossível perceber algo que seja universal a todos os povos. Tamanha riqueza cultural, entretanto, é inversamente proporcional às representações construídas, sobre o continente africano, desde as invasões estrangeiras até os dias de hoje. Tais representações optam por traduzir a África como o cenário do caos e do atraso, desprovidas da História e do conhecimento cientifico. A história, apoiada em diferentes campos da ciência, tem mostrado que a África, nem de longe, se assemelha as representações e estereotipias que a relegam para o lugar do atraso, selvageria e barbárie. O continente é o berço de grandes civilizações (Egito, Meroé, Axum, Congo, Monomotapa e Songhay, dentre outras) e também de líderes de extrema genialidade e grandeza (Numi a-Lukemi, SonniAli Ber, Chaka Zulu, Samori Touré, dentre outros). Os povos deste continente travaram conflitos violentos, mas também souberam selar a paz, fizeram comércio e praticaram a escravidão. Inventaram instrumentos e ferramentas para responder ao quotidiano, assim como souberam enfrentar as adversidades de ambientes nem sempre sossegados e dotados de calmaria. Infelizmente, contudo, além das representações acima citadas, que relegaram a África a um lugar não muito cômodo, persistem também, em alguns trabalhos contemporâneos, as armadilhas intelectuais que insistem em apresentar ideias e concepções que tendem a representar a África como o lugar da homogeneidade, consubstanciadas em termos como “pensamento africano”, “religião africana”, “modo de pensar africano”, dentre outras. Este simpósio se encaminha na perspectiva de receber trabalhos que tenham o continente africano como foco em suas pesquisas, mesmo que trilhe os caminhos da interdisciplinaridade, ou do diálogo com outras ciências, bem como as discussões entre diferentes questões em torno da África e da diáspora.
5. Cinema e Sociedade
Profa. Ms. Rute Andrade Castro (UNEB/Campus XIV)
Desde o século XX o cinema vem fazendo parte da sociedade, seja como veículo transmissor de ideais, seja como hábito civilizado – o "ir" ao cinema – ou ainda como instrumento didático utilizado por professores principalmente das ciências humanas. O objetivo deste Simpósio é reunir pesquisas que tenham na relação cinema-história seu principal objeto de análise, colocando a sétima arte e sua influência na sociedade brasileira e baiana concomitantemente aos acontecimentos históricos do último século e do atual. Cabem aqui pesquisas que trabalhem na perspectiva de produções cinematográficas e sua influência nas sociedades locais ou o quanto estas influenciaram na confecção e edição do filme. Estudos que enfocam os usos de filmes em sala de aula configuram uma categoria relacionada à temática aqui proposta, pois relacionam-se ao quanto o cinema faz parte da nossa vida cotidiana e pode ser apropriado para diferentes fins, independentemente da “verdade histórica” contida nos filmes. Por fim, o cinema é antes de tudo influenciado e influenciador da / na sociedade onde é produzido, no primeiro caso, e nas sociedades onde é exibido, no segundo e serão reunidos neste Simpósio todas as temáticas que o vejam desta forma.
6. Experiências da diáspora: culturas negras no interior da Bahia
Prof. Dr. Josivaldo Pires de Oliveira (UNEB/Campus XIII)
Profa. Ms. Cristiane Batista da Silva Santos (UNEB/Campus XIII)
Este simpósio, o qual está articulado com as atividades do grupo de pesquisa Populações Negras: Pesquisa e Extensão (CNPq/UNEB-Campus XIII), tem como objetivo agregar pesquisadores de todos os níveis de formação que tem desenvolvido pesquisas sobre a experiência das populações da diáspora africana no interior da Bahia. Os trabalhos podem ter recorte temporal desde o período colonial até o século XXI, uma vez que a prioridade é problematizar/narrar à experiência histórica e cultural dessas populações. Desse modo, são bem vindas as experiências ligadas às tradições narradas pelas memórias e oralidade que dão vida a muitas manifestações como as sociabilidades: capoeiras, festas, religiosidades e outra expressões. A diáspora africana possibilitou que os afrodescendentes recriassem e reelaborassem culturas africanas na Bahia que representam ainda hoje um rico patrimônio imaterial que estão no âmbito da História Social da Cultura ligadas ao mundo da escravidão.
7. Lutas Sociais, Estado e Poder no Brasil, séculos XX e XXI
Prof. Ms. Diego Carvalho Corrêa (UEFS)
Prof. Dr. Eurelino Teixeira Coelho Neto (UEFS)
Neste simpósio temático acolheremos trabalhos voltados para os estudos das lutas sociais, das relações de poder e dos mecanismos de ação política constituídos historicamente pelos sujeitos sociais ao longo do tempo, moldados por seus conflitos. Na perspectiva de uma concepção dialética da história, privilegiamos o entendimento do movimento a partir dos conflitos sociais, enfatizando os mecanismos utilizados pelos grupos subalternos ou dominantes nas suas mais variadas formas (tais como sindicatos, associações e outros aparelhos privados, partidos em sentido institucional ou como organizador de vontades coletivas em sentido amplo) e as identidades constituídas: classes, categorias e etc. O Estado pode ser lido em seu sentido estrito, sociedade política, ou em sentido ampliado, organização expandida da condição de dominação de classe. No que concerne às concepções de poder, podem ser compreendidas em suas mais diversas formas, como nas práticas habituais dos sujeitos ou suas relações mais amplas em sentido macro ou totalizante. Interessamo-nos ainda pelos aspectos teórico-metodológicos e historiográficos incidentes nesse campo de pesquisas e pelos estudos dos intelectuais pensados como agentes especializados nas lutas por hegemonia.
8. Cinema, História e as experiências sócio-políticas e culturais
Profa. Ms. Joceneide Cunha dos Santos (UNEB/Campus XVIII)
Profa. Dra. Sandra Regina Barbosa S. Souza (UNEB/Campus XVIII)
Este Simpósio Temático se dedica a discutir as relações entre o conhecimento histórico e o cinema. Pretendemos ampliar essa discussão, encarando o quanto o audiovisual (cinema e televisão, ficção e documentário) mobiliza e articula as representações do passado. Neste processo, dificilmente se expressam em narrativas sem contradições ou ambiguidades, e a partir destas fronteiras se deve exercitar a crítica do audiovisual como fonte histórica. A relação Cinema e História vai além da analise fílmica, de historiar formas e técnicas, ou trajetória temáticas ou de gêneros. Compreendemos os vários níveis da produção, circulação e fruição das imagens. Pensamos ainda a relação Cinema e História pelos cenários sociais, políticos e culturais gerados a partir de uma ampla circulação de imagens desde início do século XX. Nesse sentido, incluímos os estudos de cinema que o veem como uma experiência estética da modernidade. Assim, a proposta é discutir as diversas abordagens sobre a relação entre a História e o Cinema.
9. Estudos de gênero e história: desafios e perspectivas
Profa. Ms. Vânia Nara Pereira Vasconcelos (UNEB/Campus V)
Profa. Ms. Tânia Mara Pereira Vasconcelos (UNEB/Campus V)
A utilização da categoria gênero por parte das (os) historiadoras (es) contemporâneas (os) apontou para a negação de um determinismo biológico que explicaria os papéis assumidos por homens e mulheres enfatizando serem eles construções sociais e decorrentes de processos históricos específicos. Nesse sentido, a perspectiva de gênero vem sendo apontada como fundamental para problematizar diversas questões, especialmente a de como compreender ideias acerca da diferença sexual na sociedade e na cultura. Rompendo as barreiras de uma história pretensamente neutra e universal, as discussões teóricas trazidas por esses estudos partem da ideia de que a história não recupera o real passado, mas constrói um discurso sobre ele, por isso, trás novos desafios à interpretação crítica do (a) historiador (a). A proposta desse simpósio é reunir pesquisas e trabalhos que tematizem as relações de gênero, visando analisar como o feminino/masculino tem sido construído ao longo do tempo/espaço, utilizando os mais variados tipos de fontes documentais.
10. Trabalho e trabalhadores, histórias e sociabilidades
Prof. Ms Iuri Roberto Sacramento Ramos (UNEB/Campus II)
Prof. Ms. Luiz Paulo Jesus de Oliveira (UFRB)
Apesar das diversas possibilidades de análise acerca de como se organizam e se desenvolvem as sociedades humanas, mesmo com todas as potencialidades que foram trazidas a tona pelas ciências humanas e sociais no período contemporâneo, e a despeito dos variados questionamentos que foram feitos quanto à plenitude heurística dos seus próprios sentidos, o trabalho segue sendo uma categoria analítica central para compreensão da forma como os homens e mulheres vivem, produzem e reproduzem as suas condições de existência. Tendo como referência a centralidade do trabalho enquanto elemento ontológico de articulação das relações dos homens entre si e com a natureza e, por isso mesmo, compreendendo o trabalho em seu caráter fundante do gênero humano, este Simpósio Temático procura abrigar um leque variado de comunicações produzidas a partir de pesquisas, projetos de pesquisa, ensaios e demais problematizações epistemológicas provenientes das diversas áreas das ciências humanas e sociais – história, sociologia, antropologia, ciência política, etc., que tenham como objeto de investigação o trabalho e/ou os trabalhadores e trabalhadoras em suas próprias experiências históricas de sociabilidade. Não há restrição quanto a recortes cronológicos ou espaciais, bem como serão também bem-vindas propostas que articulem o trabalho com outras categorias de análise como gênero, raça, etnia, geração, etc. Serão aceitas propostas que comuniquem resultados de pesquisas já concluídas, bem como projetos de pesquisas em curso, ou mesmo aquelas que ainda estão por ser desenvolvidas, mas que já possuem algum delineamento quanto ao seu objeto empírico e/ou arcabouço teórico.
11. Marx e marxismos: método, história e revolução
Prof. Dr. Bruno José Rodrigues Durães (UFRB)
Prof. Dr. Diogo Valença de Azevedo Costa (UFRB)
É por demais conhecida as divergências que envolvem as interpretações do pensamento e da teoria de Marx e Engels ao longo dos anos. O próprio contexto dos autores, no século XIX, é em si um momento peculiar e polêmico, ocorreram embates teóricos e metodológicos entre correntes políticas e filosóficas. São também bastante debatidas as questões que envolvem o socialismo e comunismo, a busca por uma sociedade alternativa, o caminho para transição, muitas vezes, baseadas em fatos e episódios históricos ocorridos em diversos países do mundo. E, hoje, em pleno século XXI, quando muitos já tinham anunciado o fim da história, da luta de classes e do próprio pensamento crítico, eis que o improvável volta à cena, mostrando que esse mundo não é tão sereno e natural como dizem, surgem revoltas e protestos em diversos lugares. A juventude, os trabalhadores e os movimentos sociais mostram sua face, ocupam ruas, praças, movimentam-se no meio virtual, enfim, o mundo volta a ficar em ebulição social e o próprio sistema econômico está revolto, insaciável e implacável. O capital continua se retroalimentando com o trabalho alheio em escala global. Portanto, é nesse cenário que propomos nosso tema. A ideia central desse simpósio temático é aglutinar trabalhos que tratem especificamente da teoria marxiana e das diferentes tradições marxistas e/ou que usem deste arcabouço teórico como base para suas investigações e análises. Assim, não será um espaço fechado em determinada linha de interpretação marxista (determinada corrente), excluindo determinados autores ou interpretações, ao contrário, almeja-se aproximar visões distintas e até conflitantes, mas que possuam uma unidade comum, a saber, o pensamento dialético (materialista), crítico.
12. (Re)contando histórias de mulheres: um olhar sobre os arquivos culturais
Profa. Dra. Jailma dos Santos Pedreira Moreira (UNEB/Campus II)
Profa. Dra. Elisangela Oliveira Ferreira (UNEB/Campus II)
Trata-se de uma reflexão sobre os modos de contar e recontar histórias de mulheres, destacando os movimentos de exclusão, bem como de inclusão de outras narrativas sobre e de sujeitos femininos. Nesse âmbito, interessa-nos discutir em conjunto a condição dos arquivos diversos e possíveis sobre gênero e feminismos, as contribuições dos discursos feministas, a importância da linguagem nesse jogo construtor e desconstrutor, a relevância e complexidade dos lugares discursivos, apontando para emergência e proveniência de realidades culturais e subjetivas. Nessa linha, são também interessantes reflexões abrangendo o local/regional e o lugar de políticas públicas nesse processo de produção e circulação de outras narrativas, ou outros olhares sobre os mesmos textos e sujeitos, implicando em revisões do passado sob uma demanda do presente, assim como em releituras do presente sob uma ótica atenta às ciladas de um recontar que refixa e que repete, por outras vias, a mesma história patriarcal disseminada e incorporada como único foco narrativo.
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